Pela primeira vez, o IBGE incluiu no Censo dados sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA): 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados, o que representa 1,2% da população. Esse avanço é mais do que um número — é um chamado para a ação, especialmente no campo do atendimento terapêutico. E quando se fala em intervenção eficaz, a Terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) ocupa o papel central.
Mas o que os pais realmente precisam saber sobre essa abordagem?
Clareza, ciência e resultados reais
Segundo Isabelle Prado, Supervisora da Interclínicas e Analista do Comportamento, o ponto de partida é simples: “Toda terapia precisa melhorar, de fato, a vida da criança e da família. Se não há avanços concretos, como fala, alimentação ou autonomia, é hora de repensar.”
Ela reforça que Terapia ABA não deve ser uma prática misteriosa: os pais devem ser capazes de observar o que está sendo ensinado. “Você precisa ver o seu filho aprendendo, brincando, respondendo. Se isso não é claro, é um sinal de alerta”, completa a especialista.
Outro aspecto essencial é que toda tomada de decisão na Terapia ABA se baseia em dados. Cada comportamento, resposta e progresso da criança é registrado. Mudanças no plano terapêutico são feitas com base em gráficos, registros e evidências, nunca em suposições.
A importância da qualificação profissional
Um dos pilares mais relevantes da Terapia ABA está na formação dos profissionais. Isabelle explica:
“Se o profissional não consegue explicar por que age de determinada forma diante de um comportamento do seu filho, isso precisa ser investigado. Cada ação na ABA tem embasamento científico, uma técnica por trás e um objetivo claro.”
Esse é um ponto especialmente sensível no contexto escolar. Com o aumento de crianças com diagnóstico de TEA, torna-se ainda mais urgente a qualificação dos educadores e das equipes de apoio. É fundamental que todos compreendam os princípios da ABA para promover um ambiente verdadeiramente inclusivo.
Isabelle destaca ainda que “ensinar dentro da terapia é só uma parte do processo. O aprendizado só se confirma quando a criança aplica a habilidade fora da sala, em casa, na escola, no convívio diário.”
Essa generalização é o que diferencia uma intervenção eficaz de uma prática limitada. É por isso que o envolvimento da família e da escola é indispensável para o sucesso.
Na Interclínicas, acreditamos que conhecimento é inclusão. Por isso, oferecemos suporte tanto para famílias quanto para profissionais da educação, com formações, orientações práticas e atendimento especializado. O avanço começa com informação de qualidade e seguimos lado a lado com quem acredita em uma sociedade mais acolhedora e preparada.